sexta-feira, 27 de junho de 2008

Amores Perros

Recentemente fui em uma mostra de arte na qual havia um painel com duas fotos. Na primeira, um mendigo dormia na rua, com as roupas sujas e as calças rasgadas, aparecendo as nádegas. Na outra um cachorro sarnento também dormia na calçada. Perguntei para a minha filha de sete anos de idade com qual dos dois ela se preocupava e ela foi categórica:
- Com o cachorro. Tadinho dele, né mãe?

Antes que a chame de sem coração, pense: de quem você tem pena em Amores Perros - Amores Brutos numa péssima tradução. Dos cachorros sendo atiçados para a rinha ou dos meio-irmãos largados com uma pistola?

A semelhança entre humanos e cães permeia a obra. O cachorro abandonado na rodoviária, o cão de luxo com a perna amputada e, é claro, o cão que acabou transformado em assassino de outros cães. Só que enquanto os bichos não constumam dizer a quem amam e o motivo, apenas demonstram amor incondicional, esses três nos contam suas histórias.

São histórias que se entrecruzam de uma maneira casual - marca do diretor Alejando Gonzáles Iñarritu que foi apresentada nessa sua primeira obra e continuada em 21 Gramas e Babel. Como cenário, um México de diferenças sociais e impunidade, onde um assassino está solto para o velório do irmão, onde empresários são assassinados à luz do dia, onde a televisão mostra a beleza da mulher latina, um encanto. As histórias partem de uma escolha de vida e terminam na conclusão dessa escolha. Histórias que mostram que o amor nem sempre é bom:



Seguro que alguna vez el destino te a cambiado la vida...
Si tu historia acabo bien, exlicalo en el canal de "amores".

Si acabó mal, explicaló en "perros"


O filme levou Bafta de filme estrangeiro e prêmio da crítica em Cannes. Não levou Oscar nem Globo de Ouro em estrangeiro, era o mesmo ano de O Tigre e o Dragão. Como legado, mostrou Gael García Bernal para o mundo.

Voltando ao cão e ao mendigo, a menos que você não tenha coração, você não se importou com as brigas de cachorro ou com o cãozinho abandonado no buraco.

3 comentários:

  1. Enfim sou fã de amores perros, estudante de cinema...e devo dizer que esta não é a ideia do filme em nenhum momento o guillermo arriaga roteirista deste filme, usou os cachorros para ligação do filme, os cachorros estão presentes com seus donos em todos os momentos...e claramente no acidente que liga suas vidas...o mendigo não mata o cachorro por identificar dele sua propria personalidade e percebe a dor que um assasinato pode causar...ele toma o cachorro como seu companheiro e partir dai deixa que os irmãos se resolvam..e provavelmente eles não iram se matar e aquele mendigo sabe disso...Alias o arrependimento mto maior e muda tudo so depois que ele acha o coff no carro o Octavio( Gael) não é assassino de seu irmão Ramiro..ramiro morre com um tiro dado por um homem..( o mesmo que leva o rapaz ao mendigo) em um assalto a um banco..o Octavio so pretende cuidar de tudo que Ramiro não da importancia ele Ama a Suzana...a modelo perde a perma mas seu cachorrod e luxo é tudo que ela tem ela ama o ritch...a historia dela se leva por ela tomar o marido de outra mulher e o fazer abandonar a familia...O filme não se trata da dó que se tem ou dos sentimentos pelos animais...ele foi otimamente traduzido para amores brutos... pois mostra o quanto o amor faz uma vida acabar..os cachorros amam incondicionalmente. É melhor entender as ideias reais e aprender com o que o filme realmente quis dizer e bem ao final a frase de Alejandro que da sentido a tudo ! tambem somos o que perdemos.... fica o toque isso é AMORES PERROS

    ResponderExcluir
  2. há sim o Ritch não foi ABANDONADO ele entrou no buraco mas o procuravam o tempo todo...ele foi um pretesto do reterista para as brigas ninguem sentiu pena dele por que o filme leva a preocupação com o casal o filme não quer que vc sinta PENA dos animais...e as brigas são fontes de renda que levam a desgraça total do Gael...tb não são pra sentir PENA...por tanto quem realmente entendeu o filme não sentiu pena..a não ser de si mesmo...o filme se trata somente de quanto o amor é capaz de destruir...

    ResponderExcluir

Pode escrever aí sem nem pensar, tá tudo liberado.