terça-feira, 10 de junho de 2008

Tender

Amor à primeira vista. Fulminante. Daqueles que não saem da cabeça em momento algum. Eu durmo pensando nele, acordo pensando nele. Tomo banho, café, almoço, ando no carro... E só dá aquele lamento, aquele riffzinho de guitarra, o afago da bateria.
Pois é, me apaixonei por mais uma "velharia": Tender, do Blur. Dessa vez foram só nove anos de atraso.

A letra é tão atual, tão mulherzinha-ano-2000-sozinha-e-fingindo-
ser-feliz-com-seus-amigos-gays, que é inadmissível ter sido escrita por um homem. A menos que ele seja o amigo gay, claro. Mas o Damon Albarn é um inglês tão ultra-mega-fofo que eu me recuso a acreditar que ele seja gay - e ninguém disse que é. Já o Grahan Coxon tem cara de ser, no mínimo, bi - mas é tão charmoso saber que ele nasceu na Alemanha quando ela era dividida por um muro. Bem, tanto faz. Ouvindo essa música qualquer mulher de 30 tem vontade de ser feliz para sempre com qualquer um dos dois.

Desde o início, com o violão chorando... A música é tão perfeita que já imaginei ela em várias cenas de filmes. Dos mais realistas, claro, em que a mocinha chora, chora, chora, chora e acaba mal. Não, não adianta ter um coro gospel no fundo, milagres não acontecem, Harry e Sally só teve final feliz porque era década de 80. Fui no IMDB ver quem já tinha tido essa idéia e achei ela em dois filmes dos quais nunca ouvi falar: Southland Tales (que me pareceu uma ma-lu-qui-ce), de 2006 e Virgin Territory, de 2007. O segundo, na real, eu ouvi falar, mas como se trata de uma adaptação do Decameron eu meio que nunca fui atrás. Não sei se mudei de idéia.

Voltando à música, fui no YouTube, claro. O clipe é perfeito, em preto e branco, no melhor estilo música religiosa. Mas a indexação não ficou boa, tem delay entre imagem e som. Aí achei esse ao vivo no Jools Holland e pensei "putz, é uma música de estúdio, ao vivo deve ser uma merda". Ledo engano:



Bem, acho que ando meio melosa. Tanto faz. Love is the greatest thing!

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