segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

220v para 110v

Depois de 13 anos, deu de Floripa galera, estou de partida. Acho válido, então, fazer uma retrospectiva:

1996
- Cheguei em 2 de março de 96. No apê alugado tinha um rádio e uma tv velha que só pegava a Globo. Domingo, arrumando minhas 10 caixas, não entendi porque o Faustão tocava Brasília Amarela em tom fúnebre. Descobri rápido.
- Primeira festa: calourarte, uma recepção na Ufsc. Lá eu reconheci a Nathan - veterana que eu tinha visto na aula de rádio -, que me apresentou ao Botelho, que me contou como foi ouvir a notícia de quando tinha passado no vestibular - era o segundo Diógenes da lista.
- Gosto de lembrar que minha turma tinha muita mulher e por isso os veteranos davam muita festa e eu ia em todas. Assim, todas. Minha turma não ia, para desespero dos marmanjos. Em três meses eu conhecia todos os alunos mais velhos - e até ex-alunos. Me formei e não sei o nome de todos na minha turma.
- Mesmo morando em Floripa, estudando o que eu queria e indo em muitas festinhas, não curtia ficar aqui. Quem me convenceu a não desistir no primeiro semestre foi o Finco.
- Depois, a Paula, estudante de engenharia, foi morar comigo. Logo minha casa virou ponto de encontro de calouros da engenharia.
- Também tinha o futiba de terça à noite, que eu marcava para a galera do jornalismo.
- Os dois itens anteriores combinados geraram noites inesquecíveis - e inenarráveis - no Itambé.
- Depois eu comecei a namorar e virei uma moça séria (mais momentos inenarráveis...)
- Morei também com a Marcinha e a Carise. E não dá pra esquecer do Akilesh, que "morava" com a gente de sexta a segunda.

1997
- Entra a primeira turma de calouros depois de mim. Surpresa: tem gente bem mais legal do que muita gente da minha turma.
- Encerrando 96 e indo para 97, começo mal, morando numa pensão escrota cuja única vantagem era ser separada por apenas um muro da casa do meu namorado.
- Em julho, fui acampar um mês na sala da Megui, que estava num encontro de estudantes de comunicação em algum lugar sórdido na América Latina. Naquele tempo ela era só uma veterana muito legal, com quem eu me dava muito bem e tinha um coração do tamanho de um bonde. Acabou que eu fiquei lá por uns 3 ou 4 meses. Ela ficou bem feliz quando eu saí.
- Entrei no curso de história da Udesc e conheci mais gente maluca. Bem, tinha alguns malucos que eu já conhecia.
- Mais para o final do ano fui para o meu apê, lindo apê, e logo estava sublocando o segundo quarto para a Greice (0nde andará Greice?)

1998
- Entra uma turma muito bizarra no curso. Assim, muito bizarra. Hoje eu dia eu conheço uns ou outros, e eles até são bem legais. Mas eles eram freaks. Sim, Upiara, freak.
- Nesse ano eu comecei a andar com a Samanta, que era da minha turma. Essa foi a grata surpresa daquele ano.
- Em setembro (eu acho) meu namorado se formou junto com os últimos dinossauros da Ufsc. A foto daquela turma deve estar na parede da casa do Dalton, o secretário do curso a quem eu devo muito.

1999
- Definitivamente sem saco nenhum para o curso e agradecendo horrores ao Locatelli por não der deixado eu atrasar em um ano a minha formatura.
- A diversão era jogar war ou 1914 na casa dos outros.
- Lembra da Megui ali em cima? Então, topou passar 3 meses no Pará comigo fazendo o Trabalho de Conclusão de Curso. Lá nos descobrimos almas gêmeas.
- Na volta do Pará eu noivei. É, o mesmo namorado de 96, 97 e 98. Tem muita gente aí que se puxar na memória vai lembrar da festa-dilúvio.

2000
- Começo janeiro me formando. Fevereiro sem trabalho. Março entrando no Guia Floripa.
- Desisti completamente da História.
- Engravidei em julho, descobri em agosto. O pessoal do Guia não ficou muito contente, mas descobriu rapidinho que, em termos de trabalho, não fez grandes diferenças.
- Em outubro eu "casei": fui no aeroporto buscar o noivo que estava voltando das paraolimpíadas da Austrália (ele foi cobrir, é bom deixar isso claro) e levei ele pra casa.

2001
- Vamos direto para abril, quando nasceu a Cecília. Eu nunca, nunca, nunca, nunca, nunca mais fui a mesma - e não foi só porque eu tive parto normal não.
- Curiosidade: quem cobriu minha licença-maternidade foi a Camille Reis, isso, aquela do Estúdio SC.
- Tudo que eu posso dizer daqui para diante é papo-fralda, como quando a Cecília apredeu a se esconder atrás da fralda de pano, aos 10 meses, na viagem para o Rio de Janeiro. Vou poupá-los.
- Mentira, vou falar de bebês: Cecília foi para a Dinâmica Baby.
- Foi o final de ano da Joaquina: ia todas as manhãs pra lá com a bebê.

2002
- Em fevereiro, estou grávida de novo. O pessoal do Guia Floripa gostou menos ainda. Mas eu fiquei feliz pra cacete.
- Update 1: entrei numa lista de discussão para grávidas e conheci um monte de mãe maluca como eu. Sou muito amiga de várias até hoje.
- Separei pela primeira vez. Isso mesmo. Com um bebê. Grávida. Separada. Voltamos em 5 ou 6 meses.
- Cecília saiu da Dinâmica e foi para o Flor do Campus.
- Três meses depois, saiu de lá e foi para o Arcângelo.
- Em outubro, nasce o André. Sabe tudo o que eu aprendi com a Cecília? Não se aplica.
- Mais papo fralda.
- Fui morar com a sogra, que tinha recém-separado, e aluguei meu apê para os chefes.
- Foi o final de ano do LIC: piscina com os dois era mais fácil.

2003
- Minha vida é toda crianças. Não por necessidade, por gostar mesmo. Amava ir ao parque de manhã, amava fazer papinhas, amava trocar fraldas...
- Mentira, minha vida era o Guia também.
- Vida social: zero.
- Exceto pelas reuniões no Arcângelo, agora que tinha dois bebês lá.
- Não, acho que foi nesse ano que conheci a Érica e o Rico. Aqui minha memória começa a falhar, juro. Mas foi tão legal, mas tão legal, que parece que a gente se conhecia havia séculos. Eles tinha a Celina, que se deu muito bem com as crianças. Foi um tal de se juntar para beber e conversar enquanto elas brincavam que durou muito tempo.

2004
- Fiz uma reforma linda no meu apê. Voltei pra lá em junho ou julho, não lembro.
- Minha vida continua toda crianças.
- Final do ano o casamento, com aquele noivo, que foi aquele namorado, acabou. Tá, ninguém levou muito a sério.

2005
- Deixei o Guia Floripa e fui para o finado clicNessa.
- Cecília e André saíram do Arcângelo e foram para a Sarapiquá.
- Cecília e André saíram do Sarapiquá e foram para a Casa Amarela.
- Reatei antigas amizades do curso, como a Ana e a Gi. Me aproximei da Karla, que eu conhecia muito superficialmente do Esporte do DC. Conheci, também, muitas outras pessoas do DC.

2006
- O clicNessa foi substituído pelo hagah.
- Mudei daquele apê lindão para o Rio Tavares. Longe que doía. Lindo que acalmava.
- Passava as manhãs na praia e trabalhava à tarde.
- O então chefe Fabiano saiu da redação e começou os períodos turbulentos.
- Em outubro, aumentou a carga horária. Nada de praia à tarde.

2007
- No hagah, arrebanhei uma galera legalzinha, minha "banda": Rodrigo, Leo, Beto, Elisa e Felipe - o estagiário.
- Ex vai embora para Sampa.
- Cometi erros profissionais inacreditáveis.
- Independente deles - e bota independente disso - as turbulências aumentaram.
- Cecília e André saem da Casa Amarela e vão para o Sesc.
- Vida social continua zero, exceto por encontros na casa do Rio Tavares, conhecido algum tempo como Bar da Boa.
- Entra o dc.com, mais turbulências.
- Sangue novo no clic: Michele, Maykon, Fê.
- Festa de Ano-Novo baita lá em casa.

2008
- Começa bem, com promoção para o clicRBS.
- Primeira contratação do hagah que eu participo só como ouvinte: Dani. Depois, nem mais como ouvinte.
- Update 2: conheci a Verde Velma Gica que veio de Blumenau para Florianópolis e daqui para Sampa. Pecinha bem importante nessa história toda, com lavagem cerebral e tals. Logo serei vizinha dela.
- Em algum momento desse ano a Érica e o Rico vão para Vitória e, puxa, eles fazem muita falta.
- Cecília sai do Sesc e vai para o Imaculada. Deco segue no Sesc.
- Mais uma contratação para o clic: Alexandre. Fica menos do que devia, é verdade, mas mais do que eu esperava.
- Com a saída dele, a Sabrina, que era da minha turma e tinha ido para Porto Alegre quando eu entrei no clic, volta.
- Festinhas no Rio Tavares ficam mais escassas. E eu fico sem saco de ir em outras festinhas. Floripa começa a ficar muito, mas muito chata mesmo.

2009
- É ano para outra retrospectiva.

Fora de brincadeira, é isso mesmo: 2009 já pertence a Sampa. E agora sabe-se lá quando eu vou sentar para fazer uma retrospectiva meia-boca como essa.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Eu-eu

Recebi uma intimação de meme. Lembra aqueles cadernos de perguntas que as meninas tinham na escola, nos quais você respondia uma série de questões sobre você. Não faço a mínima idéia do que signifique "meme" e estou com preguiça de procurar no oráculo. Mas como tudo sempre gira em torno do umbigo de quem responde, gosto de pensar que é me-me, ou seja, o título deste post.

Antes de responder, quero ressaltar a alta consideração que eu tenho pela Karlinha, pela Aline, pelo Alexandre e pela Megui. Eu nunca respondi essas baboseiras e estou abrindo uma puta exceção. Mas para deixar registrado meu mau-humor não vou colar porra de selinho nenhum.

Então, vamos às seis coisas sobre mim:

1 - Sempre odiei brincadeira de meninas, desde as indefectíveis coleções de papel de carta até os já citados cadernos de perguntas. As brincadeiras dos meninos sempre foram bem mais legais, taco e peca são disparado as melhores. Mas para conseguir brincar com eles eu tive que ralar muito - leia-se ser mais forte, correr mais rápido, falar mais palavrões etc etc etc. Bati em vários menino e fiz outros tantos chorarem. Isso explica o meu jeitinho meigo e a minha finesse, não?

2 - Acreditei até a vida adulta que eu era filha do meu pai com outra mulher, adotada pela minha mãe, que não ia com a minha cara por não engolir essa traição. Isso por conta de uma trama de fazer a Janete Clair chorar, engedrada pela criança adorável que foi a minha irmã do meio. Hmmm, acho que isso merece um post inteiro.

3 - Quando eu tinha 15 anos meus pais foram morar em São Francisco do Sul e me deixaram em Joinville. Aprendi cedo o que acontece entre colocar uma blusa no cesto de roupa suja e ela aparecer limpa, passada e dobrada no guarda-roupa. Grunf.

4 - Acho que isso meio que estimulou uma certa precocidade: aos 25 eu já era mãe de dois, aos 28, divorciada.

5 - Até os 16 anos eu tive o cabelo liso. Aí fiz um permanente. E nunca mais meu cabelo perdeu os cachos - que eu adoro.

6 - Já fui atropelada cinco vezes. Em todas eu estava de bicicleta. Alguém quer sair para pedalar?

Tá, eu deveria passar a bola para seis blogueiros. Como a blogosfera não tem tanta gente, passo só para a Samanta. Vai lá, Sam, sabe que eu te considero pra caralho...