Então foi assim: eu perdi completamente o contato com a minha grande amiga de infância e fui muito sacaneada pelas minhas duas grandes amigas de adolescência. Dos 14 anos me sobraram apenas o nariz grande, os cabelos desgrenhados cor de mel e os primeiros gays - esses sim imperdíveis, imprescindíveis, incríveis...
Daí tomei uma grande e inútil decisão. Não teria mais amigas. E sempre que os meninos (que nem são mais meninos) perguntavam se minhas amigas eram gostosas eu respondia sem titubear/;
- Eu não tenho amigas.
Quem mais fez beicinho com isso na vida foi a Megui. Não porque ela queria estar entre as gostosas (e ela está!), nem porque queria ser apresentada aos meninos (já conhecia todos, não no sentido bíblico), mas porque queria o direito de ser minha amiga. Ela era, claro. Eu só não admitia publicamente.
Depois veio um período da minha vida que eu mais do que nunca precisei de amigos e descobri estarrecida que ou eu ou a vida tínhamos afastado todos. Os que estavam na cidade não me pertenciam mais e os que me pertenciam estavam no nordeste, nos EUA ou em algum canto muito frio da Bélgica. E aí eu tive que tomar uma atitude: resgatar todos os meus queridos que tinham ficado em algum ponto do caminho porque eu deixei eles lá.
Agora, passado o período turbulento da adolescência e do ostracismo vejo que nenhum amigo, nem amiga, nem gay me sacaneou mais. Acho que crescemos todos. E melhor que isso: acho que meu dedo melhorou.
É incrível, mas a cada ano que passa faço mais e novos amigos e todos são tão super em algum momento e outros são tão super em todos os momentos. Tanto que no final das contas eu já não sei mais dizer quem não é meu amigo.
E tudo isso pra dizer que uma super-amiga que foi super em todos os momentos em que passei com ela ficou na maior roubada e um super-amigo se mostrou mais super do que nunca e salvou ela. E eu tô feliz pra caralho com isso. Mesmo.
Definitivamente estou ficando melosa...
Insight
-
Sinto dizer, mas…
Não gostar de marketing digital, inteligência artificial ou Taylor Swift
não te faz mais inteligente que ninguém. Talvez te faça velho....
Há uma semana
Não, não...
ResponderExcluirA Ana é mesmo uma anja.
Uma deusa, uma louca, uma feiticeira. Ela é demais!!!