sábado, 9 de agosto de 2008

A Pequena Loja dos Horrores, de 1960

Fiz uma descoberta bem feliz esses dias. Eu odeio promoções de locadora de DVD, sempre que eu chego nunca tem mais nada de interessante. Mas alguém teve a feliz idéia de comprar filmes bacanas lá e deixar em sebos. Assim sendo, abocanhei, entre outra coisas, um Pequena Loja dos Hororres, versão de 1960, por dez pilinhas. Fiquei tão emocionada de encontrar essa versão que nem me toquei de ver se era wide screen. Não era. Grunf!

O que eu acho mais bacana em filmes antigos são as capinhas. Às vezes elas são originais, casos de faroestes. Outras vezes elas colocam o famoso do filme em primeiro plano. E quem é o famoso aqui? Jack Nicholson!!! Embora ele apareça no melhor estilo Jack Torrance olhando para você, ele faz uma ponta mínima, digna de ser o penúltimo nome a aparecer nos créditos. O que ele faz? Um louco, claro. Um inesquecível louco, como a outra ponta que fez em 1969, bem mais célebre, em Easy Rider. Ficou curioso? Veja a participação de Nicholson em A Pequena Loja dos Horrores:



Enfim, o "astro" da película dirigida por Roger Corman e escrita Charles Griffith é Jonathan Haze. Ele é um atrapalhado funcionário de uma floricultura pertecente a um árabe, apaixonada pela doce Audrey, que também trabalha lá, e filho de uma hipocondríaca. Ele começa a cultivar uma estranha planta, a quem batiza de Audrey Junior. Ele tenta ao mesmo tempo manter o emprego, conquistar Audrey, cuidar de sua mãe e agradar sua estranha criatura. O objetivo é ser gentil e cordial com todo mundo. Um homem simples, sem vícios, com amor no coração e muitas idéias de jerico, que faria qualquer coisa pelos outros, até mesmo [música de suspens] matar.

O filme é uma pérola em se tratando de humor negro, desde a senhora que adentra a floricultura todos os dias com um novo funeral para remeter flores até o comissário de polícia falando acidentes acontecem ao se referir à morte de um de seus filhos. Também tem um grande tom teatral - pudera, as gravações duraram dois dias! E, na minha humilde opinião, todo consultório dentário deveria ter a cena de Haze e Nicholson em looping eterno. Assim, só para quebrar o gelo.

Ao que tudo indica, essa versão virou cult. Tanto que em 1986 ela foi refilmada por Frank Oz, em musical. Essa segunda versão teve a participação de vários grandes nomes da comédia americana: Steve Martin, James Belushi, John Candy e Bill Murray. O papel principal fica para Rick Moranis, de Querida, Encolhi as Crianças.

Voltando à versão original, como o filme inteiro, o final é nonsense, com cenas absurdas. Mas, e daí? É só diversão mesmo...

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