Numa rápida saída de casa no final de semana optei por um caminho diferente. Sabe aquelas idéias brilhantes que eu tenho às vezes. Pois é, atolei na areia, pertinho de casa, ou seja, logo depois do fim do mundo.
E não é que lá mesmo, no fim do mundo, no meio do nada, passa um carro ao longe e me vê? O cara estaciona, vem andando, olha pra minha cara de "ih, fodeu!", olha para as crianças no banco de trás e chama dois amigos.
Eles chegam logo em seguida com uma pá. Cavam, cavam, cavam, dão a partida, andam 20 centímetros e atolam de novo.
Aí eu, mal-educada que sou, tento ligar para o seguro.
- Só um instante senhora. É perto da praia?
- É Florianópolis, tudo é perto da praia. Mas não, não é na praia.
- É local de passagem?
- Sim.
- O guincho corre o risco de atolar?
- Sim.
- Só um instante, senhora...
Enquanto isso eles cavam, cavam, cavam - ouvindo meu lindo filho dizer que sabia que ia atolar e só eu que não vi isso - cavam, cavam e tiram o carro de lá. Juro que eles cavaram muito, tanto que acabou a areia, conseguiram chegar num ponto em que era terra dura.
Gente, eles foram os meus heróis!!!
Agradeci muito, mas se você for um dos camaradas que eu não sei nem o nome que moram ali perto do fim do mundo também e ajudaram a desatolar um carro branco no final de semana, obrigada de novo.
Blues Velvet
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Tenho uma história em cada canto deste lugar
Nem todas publicáveis
Mas todas parte de mim
Aqui fui feliz e fui triste
Dancei, cantei
Me diverti e div...
Há 5 meses
pessoinhas queridas espalhadas por este mundo doido. faz a gente sorrir.
ResponderExcluirTsc, tsc, tsc... Faz a onda de mulher descolada e independente, mas na hora de pegar na pá, tem que vir a homarada ajudar. Parece a Marge de Um Bonde Chamado Desejo: "Sempre confiei na ajuda des estranhos".
ResponderExcluirBeijo.